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BNDES aprova R$ 33,9 milhões para projeto que transformará lixo em combustível

06/12/10  por 

O BNDES aprovou financiamento de R$ 33,9 milhões para investimentos na área de saneamento ambiental, a serem realizados pela Estre Ambiental, empresa nacional que atua no setor de gestão de resíduos sólidos e tratamento de áreas degradadas.

O projeto prevê a implantação de uma planta de processamento de resíduos com capacidade de produção de 450 toneladas anuais de combustível derivado de resíduos (CDR). O CDR é um combustível em forma de flocos que pode ser usado na alimentação de caldeiras e fornos industriais.

Este é o primeiro projeto na área de resíduos sólidos que transformará o lixo urbano em energia a receber financiamento do BNDES. Ele envolve a expansão dos aterros sanitários de Itapevi e Paulínia, ambosem São Paulo, a captação de biogás com geração de crédito de carbono e a produção de combustível derivado de resíduo sólido.

Com forte impacto social e ambiental, o projeto financiado pelo Banco ampliará a capacidade de destinação dos resíduos sólidos urbanos das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas.

Além disso, ele aumentará a capacidade de captação de gás metano nos aterros sanitários. O metano é um dos gases mais poluentes da atmosfera, gerado, nesse caso, pela decomposição dos resíduos depositados no aterro de Paulínia.

O investimento prevê o recebimento de mil toneladas diárias de resíduos. Com tecnologia de ponta, os resíduos domiciliares e industriais serão reciclados, reaproveitados e transformados em insumo energético em outro processo produtivo, contribuindo, assim, para o desenvolvimento sustentável da região.

O principal mercado do combustível derivado de resíduos serão as usinas de processamento de cana de açúcar que operam próximo à região do projeto, bem como o coprocessamento em fornos de cimento.

Atualmente, as usinas sucroalcooleiras usam bagaço de cana, enquanto as cimenteiras utilizam coque para aumento do poder calorífico de seus fornos. No entanto, o cultivo da cana é sazonal, fazendo com que haja grande variação no seu fornecimento ao longo do ano.

O CDR é produzido durante todo o ano, podendo, inclusive, ser estocado, o que permitirá um ganho de eficiência permanente dos fornos. Além disso, o potencial calorífico do CDR é superior ao do bagaço de cana. O coque, por sua vez, tem custo superior ao CDR.

O BNDES começou a atuar no setor de resíduos sólidos em 2002. Hoje, a carteira do Banco soma R$ 780 milhões de financiamentos aprovados para o setor de gestão de resíduos sólidos, entre operações diretas e indiretas.

 

(FONTE: BNDES)

 

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